3ª Divisão – Série E
1ª ronda (14-01-2011)
Antes de iniciar a crónica desta 1ª ronda, um pequeno preâmbulo acerca desta Série.
Considerando a média de ELO das equipas, tomando como base os 4 melhores ELOS de cada, chegamos ao seguinte escalonamento:
méd | % esp pts | nº | nº x esp pts | Arrendondamento | |||
CCTN II | 1646,75 | 0,24 | 28 | 6,72 | 6,5 | ||
SCA | 1829,25 | 0,51 | 28 | 14,28 | 14,5 | ||
Tab e Cores | 1685,25 | 0,29 | 28 | 8,12 | 8 | ||
Benedita | 1818,75 | 0,5 | 28 | 14 | 14 | ||
CPB | 1988,25 | 0,75 | 28 | 21 | 21 | ||
AXB | 2026,75 | 0,79 | 28 | 22,12 | 22 | ||
ATV | 1902,25 | 0,63 | 28 | 17,64 | 17,5 | ||
Alverca | 1671 | 0,27 | 28 | 7,56 | 7,5 |
À primeira vista e considerando que os melhores jogam com mais frequência, parece que o título desta série vai andar em discussão para os lados do Bombarral, pois CPB e AXB iriam conquistar 21 e 22 de pontos possíveis em tabuleiro de acordo com as tabelas. Falta agora confirmar que a equipa do AXB vai fazer entrar os reforços desta época, 3 espanhóis altamente cotados para estas andanças. Sem algum deles, o favoritismo parte então para os seus conterrâneos que têm uma equipa forte com elementos da casa e com alguma profundidade em termos de substituição aos primeiros elementos. O CCTN II é uma equipa que aparece em último lugar, mas vamos tentar escapar a tal sina. Tabuleiro e Cores das Caldas e os Peões de Alverca B parecem os companheiros de andanças do CCTN II. Em relação a estas tabelas temos igualmente de ter em conta que esta estima os pontos de tabuleiro. Os pontos de encontro ou matchpoints, não são a mesma coisa, pois pode-se fazer 3 matchpoints referentes a uma vitória com apenas 2,5 pontos conquistados nos tabuleiros. Ficam recompensadas as vitórias tangenciais, no entanto, as vitórias de 4-0 também não têm o reflexo correspondente em termos de tabela classificativa.
CineClube TN 3-1 Sporting Clube Abrantes
O Cineclube apresentou uma equipa experiente e dentro das perspectivas em termos de ELO. O SCA que tem como mote a rodagem dos jogadores pelos encontros, não se apresentou na máxima força. A média de ELOS para este encontro do CCTN II (1606) e do SCA (1647) antevia um encontro muito equilibrado. Verificou-se que a experiência competitiva dos 3º e 4º tabuleiros do CCTN II, jogadores regressados recentemente à modalidade, mas com largos anos de experiência, fez tombar o encontro a nosso favor. Nos primeiros tabuleiros onde o SCA apresentou os elementos mais experientes, os embates foram renhidos e inclusivamente com melhores possibilidades para os nossos bandos. Parece um resultado justo para o que decorreu nos tabuleiros.
História do encontro por tabuleiro:
TABULEIRO 1
Uma abertura com tratamento original (ataque simultâneo em dois flancos! O espírito combativo é assim mesmo!) leva as brancas, após a devida réplica central, a ficarem com uma posição difícil.
15. …, Ca6? (impunha-se Bd5 que atacava o Cavalo defensor de d4, seguido de c5, rompendo definitivamente a posição com vantagem); 16. Bd2, Ta4; 17. e3, Bd5; 18. Be2, Cc5 (engenhoso, mas a ideia é perigosa); 19. Bb4! (Aceitando o repto!), Bxf3? As negras em vantagem pensam que é tempo de colher fruta madura, ganhando um peão, mas as brancas agora já se encontram melhor preparadas para a abertura de posição e o peão é apenas momentaneamente perdido. As brancas vão recuperá-lo com vantagem! 20. Bxf3, Cd3+; 21. Re2, Cxb4; 22. axb4, Txb4; 23. Tab1, Txb1; 24. Txb1 (é impossível segurar um dos dois peões em b7 e c6), Tb8? 25. Bxc6, b6 (E agora é difícil segurar este…).
Lances mais tarde o peão de b6 caiu, mas as brancas devolveram a gentileza e o jogo acabou num armistício de bispos de cor contrária. 2-1 no encontro de equipas.
TABULEIRO 2
Posição após 18. …, g4
Tomás tenta o rompimento da ala de rei através do avanço dos peões. A temática branca passa por jogar as manobras de enfraquecimento no flanco de dama através do avanço c5, Cb5 e entrada através da coluna c. Nesta partida, a passividade das brancas não as leva à derrota devido à falta de pontaria negra cujas bombas teimaram em acertar nas casas ao lado!
19. Rh1, Dg5; 20. Ce2, h5(aí vão eles!); 21. a3, h4 22. Be1? A última hipótese de bloqueio da posição consistia em fxg4 e Cg1…
22. …, g3? As negras após tão longa caminhada jogam um lance que permite bloquear a posição? Tomás deveria ter optado por h3, que cria o maior nº de contactos na posição e consequentemente com um maior nº de linhas abertas para o ataque.
23. … Tg1 (única, ameaçava-se h3), Tf6; 24. h3 (começa-se a desenhar o bloqueio na ala de rei), Bd7; Um plano interessante para as brancas consistia agora em trocar o C de e2 pela T de g1, conseguindo a sobreprotecção de h3, evitando veleidades de sacrifícios do Bispo negro.
Posição após 28. … Dc8
Posição após 28. … Dc8
Já se está a ver… 29. c5 (o que fazer agora?), Bxh3!; 30. Dc2, Bd7 (com vantagem negra). Muito interessante tinha sido a linha 30. …, Bxg2+; 31. Txg2, h3; 32. Tg1, Dd8; 33. b3 (alguém propõe outra?), Bf6, com a ideia de Bh4 e g2+
Após este fogo de artifício, Francisco e Tomás continuaram no lufa-lufa e quando foi a vez do Francisco atacar o Tomás largou o peão de vantagem ficando num final de Bispos de cor contrária que não trazia dividendos a ninguém. Dividiu-se o ponto ao lance 45. 1,5-0,5 no encontro de equipas.
TABULEIRO 3
Posição após 9. …, Be6 (também possível ver em espelho)
10. Cg5, Bd7; 11. f4, um pouco de sal e pimenta para tentar criar algum desequilíbrio no jogo
A luta prossegue o Bispo volta a e6, vai ser comido pelo Cavalo e o peão que fica em e6 só e abandonado cai após um erro das negras. Peão a mais e menos peças em jogo, brancas e negras começam a tentar criar ameaças com as poucas defesas que os Reis têm.
Posição após 26. Df2, b5!?, (b6 deveria ser melhor pois não deixa tantos buracos) 27. Df7 (Dc5 ataca o Cavalo e deve ganhar material), Dd4+; 28. Rh1? (Rh2, O Rei em h1 vai levar com duplos de Cavalo), Txe4! Depois de uma posição difícil as negras quase igualam! 29. Dxh5, Te5; 30. Dg6, Te5; 31. Dxc6 (vamos lá aos peões), a5? (As negras também têm de ir à colheita com Dxb2); 32. Dc3 (segura e os peões e as brancas, não sem percalços seguiram para a vitória. 1-0 no encontro de equipas.
TABULEIRO 4
Posição após 22. …, Bxh3
As negras acabaram de ganhar um peão numa combinação com colaboração adversária… As brancas encontram-se com posição sofredora. A passagem para posição ganhadora segue-se de uma forma construída e à ‘La Alves’, passinho a passinho leva a água ao moinho.
23. Td3, Bd7; 24. Tf3, g6; 25. Tf6?, Rg7; 26. Tf3, f5; 27. exf5, exf5; 28. Ch5+, Rg6; 29 Cg3, h5 e as negras foram avançando, as brancas desesperando, sacrificaram uma qualidade sem compensação e a partida terminou em 47 lances com a vitória negra. 3-1 no encontro de equipas.
Ricardo Rodrigues - António Alves, Gonçalo Lopes - Dudley Masquiren, Francisco Cruz, José Dias - Paulo Marçal. Em 2º plano CCNT I - CXM C
Gonçalo Lopes - Dudley Masquiren, José Tomás à direita.
Restantes resultados:
AX Bombarral 2-2 GX Peões de Alverca
Ax Benedita 0-4 CP Bombarral
Ass. Tabuleiro de Cores 1-3 Académico de Torres Vedras
Nesta ronda os encontros AXB-GXPA e CCTN II-SCA foram os que tiveram o desfecho menos provável segundo a previsão inicial. Deve-se também às ausências no tabuleiro dos elementos mais cotados das equipas mais fortes.
Restantes resultados:
AX Bombarral 2-2 GX Peões de Alverca
Ax Benedita 0-4 CP Bombarral
Ass. Tabuleiro de Cores 1-3 Académico de Torres Vedras
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